terça-feira, 29 de novembro de 2011

Casa no campo

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais

Zé Rodrix

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Saramago

Apesar de não concordar com as muitas opiniões de José Saramago , ele as tinha e corajosamente as defendia, foi mais um aperfeiçoador do meu respeito ao próximo , mesmo que este esteja equivocado . Não comemoro aniversário , muito menos de morte , mas saber que hoje faria 89 anos , me fustigou a querer escrever algo a seu respeito . Fica o vazio de que não haverá um novo livro , mas fica a certeza de pode haver um novo reencontro , um outro desdobrar sobre a obra que fica . Gostei muito do documentário , mas vou reler o Memorial , com esse tempo e esse feriado prolongado que apesar de ter terminado ontem , será sentido até segunda , é uma boa .

terça-feira, 19 de abril de 2011

Sir Paul Mccartney ataca novamente











Apesar de triste por não poder estar presente para curti Paul em minha cidade , fico feliz dele ter “caído na real” , só lamento não ter sido antes ou em Julho . Para quem vai , que curta bastante e para aqueles que como eu não terão este prazer , que nos juntemos a torcida para que ele venha ao Rock in Rio e para os que acham impossível , lembrem-se , fazer um show no Engenhão , também parecia inviável ! Mas 22 e 23 de Maio ele estará agitando a zona norte , sonhemos , faz bem e é totalmente plausível

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão .


Carlos Drummond de Andrade (1902-1987 )